domingo, 18 de dezembro de 2011

Domingos de preguica...



Hoje acordei querendo fazer nada e está parecendo que esta é a tendência… Acho que nunca tive tantos dias tão improdutivos quanto nos últimos dois meses. E ainda que eu tenha a síndrome de fatiga crônica, que eu realmente acredito ter, acho que meus dias estão sendo mais improdutivos por eu não saber o que fazer, que por qualquer outro motivo.

Mesmo arriscando soar como a adolescente que encontrei nas minhas caixas de memórias, acho que nunca me senti tão perdida. Não sei que caminho seguir, que rumo dar a minha vida, não sei nem mesmo o que tenho que entregar no fim do semestre na faculdade! Não tenho nem conseguido escrever minhas intermináveis listinhas do que fazer...

Quando a gente sabe o que tem que fazer fica tão mais fácil, mas como é que fazemos quando não sabemos o que fazer? Como é que a gente descobre? Minha desorganização chegou a tal nível que não tenho a mínima idéia de como lidar com a papelada, e quando digo papelada, quero dizer tudo o que seja importante que ainda tenho que resolver da minha vinda pra cá. Estou num estado que simplesmente não sei quais são minhas opções, necessidades, deveres...

Fico caindo em um círculo vicioso aonde justifico minha desorganização dizendo que é porque ainda não me ajeitei em casa, mas não me ajeitei em casa porque quero mudar assim que der, mas só posso mudar em março, mas tenho que me organizar antes, mas não consigo me organizar porque não estou ajeitada, e assim vai...

Quanto ao curso, é lógico que estou gostando, mas ainda não me encontrei por lá, nem em questão social ou em termos de saber o que estou fazendo. Não fiz amigos ainda, mas sei que por estar em um país diferente isso leva tempo, foi o mesmo na Alemanha, mas o que me complica é não saber exatamente os objetivos dos projetos (que ninguém parece saber, ou então não está afim de me informar), e estar com o maior bloqueio criativo que ja tive. Simplesmente não sai nada no papel, fico com o sketchbook na mão e não consigo desenhar nada...

Então continuo a acordar e pensar: hoje não quero fazer nada. Tento me forçar a fazer algo, acabo fazendo o mínimo possível e às vezes faço nada.

Devaneios


Nesses últimos dias tenho ajudado uma amiga em um período ruim, quer dizer, tenho tentado ajuda-la. Ela me disse sentir falta da pessoa que ela era, e isso me fez pensar sobre quem eu sou hoje em dia... Sempre senti tanta certeza ao aconselhar amigas, mas desta vez estou meio perdida e não sei o por quê. Acho que não estou bem comigo mesma, estou perdida nas minhas idéias e na minha vida.
Nesses últimos anos eu sinto que me perdi. Não sei se faz parte de crescer ou se foi pelo rumo que dei a minha vida (ou que ela resolveu seguir sem me consultar), mas sinto falta de como eu encarava as coisas, de como sabia o que queria. Sinto falta de como eu era com meus amigos, de como sentia a liberdade para falar o que pensava, em como eu sentia que a amizade era tão intensa que seria para sempre e que de como tinha certeza da proximidade e intimidade que tinha com eles. Hoje em dia me contenho para falar o que penso (o que algumas pessoas podem até achar positivo), não tenho certeza de quão próxima sou deles e temo que a amizade acabe.
Acho que namorar só intensificou minhas inseguranças  quanto as amizades. Me fechei em uma bolha e me acomodei. Alí eu tenho toda a segurança, liberdade e intimidade do mundo. Me tornei tão dependente que comecei a me questionar se era saudável. Tentei sair um pouco da bolha, mas quando vi já estava em cima de uma montanha de insegurança. Mas foi nessa tentativa que comecei  a pensar aonde estava, como estava e que rumo tinha dado a minha vida.
De repente me vi em desespero ao pensar o quão longe estava de tudo o que queria e que tinha planejado para mim. Não estava nos planos me sentir assim, não estava nos planos me sentir tão dependente e presa a alguém. Mas... Quais eram os planos mesmo? Tentei me achar e acabei virando não só a minha vida, mas a de mais algumas pessoas de ponta cabeça. A minha, a dele, as delas. E todos veem essa mudança como um ato de coragem, que sou eu em busca do que quero, do meu sonho. Todos, menos eu.
Como é que posso falar que estou indo atrás do que quero se nem sei o que quero? As vezes sinto que a minha saída do Brasil foi uma tentativa falha de fugir das minhas dúvidas e medos. Vir pra cá só intensificou toda a minha confusão, adicionando uma pitada de tristeza seguida de muita saudade. Estar aqui só me faz querer mais ainda descobrir o que quero pra mim, qual rumo dar a minha vida, fazer novos planos. Também tenho refletido sobre como essa minha  vinda está afetando a vida de todo mundo que estava ao meu redor.
Minha irmã está sem casa, e eu nem lá pra ajeitar a minha bagunça, ajudá-la a achar uma casa, afinal fui eu quem fez ela sair daonde amava. Mas ela está sozinha, e eu me sinto responsável. Não consigo nem conversar com ela direito, saber como ela está, e o que vai acontecer com ela e com a Cora, que nosso amado pai, tão carinhosamente se recusou a aceitar, inocência a nossa achar que ele iria nos ajudar agora.
O namorado está tentando vir pra cá, e eu me pergunto se está certo isso. Está certo ele mudar toda a vida dele porque um belo dia eu resolvi sair dalí? Temo que ele esteja tão dependente que não consiga mais ver os próprios sonhos. Nós temos visões tão diferentes do mundo, ele nem querer sair daonde está quer, já eu quero morar no mundo todo. Tenho medo de ele vir e eu decidir sair daqui, ir pra qualquer outro lugar. Não quero ser a responsável por uma mudança tão grande assim. Também não sei se quero assumir tamanho comprometimento. Eu o amo, com todo o meu coração, mas eu sinto que ainda não vivi nada, pelo menos nada do que quero viver antes de assumir um compromisso tão grande. Sei que temos uma boa diferença de idade e que ter objetivos diferentes faz parte do relacionamento, mas acho que ele não entende o quanto tudo isso me assusta e o quanto isso pesa pra mim. Ele já viveu bastante pra poder falar que é comigo que quer estar, mas não entende que eu tenho só 23 anos, e não consigo decidir nem que profissão quero seguir...
E é aí que me encontro de novo sem saber o que fazer, sem saber o que falar ou como agir. Talvez seja o medo que me trave, o medo de perder os amores, o medo de ficar sozinha, o medo de mudar, o medo de sofrer, o medo de falhar. Por isso sinto falta a menina que eu era, que tinha medo, mas sabia fingir muito bem que não tinha medo de nada disso. 

domingo, 20 de novembro de 2011

Becoming Jane...


Ontem assisti o filme que conta um pouco sobre a vida da autora Jane Austen, uma de minhas preferidas. As histórias de seus livros nao é exatamente um reflexo da vida dela, na verdade, só a parte da conturbada vida amorosa. O filme é muito bom, mais um para a colecao dos que posso assistir tres vezes seguidas e nao me cansar.

Eu nao sei o que é que me faz gostar tanto das histórias dela. Talvez seja pelo fato de eu me identificar com mulheres de genio forte, ou talvez seja porque gostaria de ser como elas que sabem o que querem e, mesmo com todas as implicacoes da época, fazem acontecer, ou que sabe seja apenas porque todas as histórias tem um final feliz.

Apesar de serem meu conto de fadas ideal, assistir a esse tipo de história me deixa um pouco depressiva, e nao sei o por que. Me faz refletir sobre tudo, nao só sobre a minha vida amorosa, mas sobre tudo o que se passa na minha vida naquele momento. E minha análise do momento sempre tende para o lado infeliz.

Mas o que é ser feliz, ou infeliz? Como podemos dizer como estamos? Acho que muda tanto e toda hora que é difícil poder dizer o que é ser feliz. É estar bem naquele momento? Nos últimos dias, semanas, meses, anos? Qual o tempo que devemos analisar para sabermos se estamos ou nao felizes? E o que conta? Vida amorosa? Profissional? Social?

Talvez seja por isso que assistir a esses filmes me deixe um pouco depressiva, me fazem pensar demais. Pensar no porque das coisas me deixa ansiosa e desanimada, pois por mais que eu tente, nao consigo achar respostas para minhas perguntas, pelo menos nao encontro respostas que me satisfacam. E por mais que eu saiba que esses filmes me trazem essa "ressaca", eu continuo a assistir e adorar.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Que Lua!

Ontem, depois de um longo dia atrás do computador, eu tive que andar horrores para conseguir pegar um ônibus! Juro, em 1hora não passou ônibus nenhum, e quando finalmente passou o que queria pegar, ele não parou! Ahhh que raiva.

Mas tudo bem, pois no meio de minha caminhada me deparei com uma Lua maravilhosa no céu. Há quanto tempo eu não via a Lua tão próxima! A última vez que me lembro de ver uma Lua cheia e gigante no céu foi uma dia voltando para casa em 2007, em Paderborn.

Isso deu uma levantada no meu dia, que não tinha sido lá grandes coisas. Não passei em um processo seletivo, trabalhei um pouco (ajudando uma amiga), visitei um museu, descobri uma casa de cerâmica muito bacana e andei rios para chegar em casa e poder lavar quilos de roupas sujas.

Bom, fora alguns problemas que ando tento, está tudo ok... Ainda estou correndo atrás de acompanhar o pessoal na nova faculdade e estou procurando emprego como louca. Agora tenho que escrever uma essay de 500 palavras e nem sei por onde começar, que os Deuses me ajudem, viu?!

Assim que tiver um pouco mais de tempo volto a escrever por aqui.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os dias vão passando...


Já se passou um tempo desde que eu escrevi aqui e algumas coisas mudaram ...

Eu consegui transferir curso e, apesar da papelada ainda não estar finalizada, já estou frequentando a nova faculdade. Mudei para o curso de design ceramico na Central Saint Martins e agora tenho que correr atrás de tudo o que perdi nesse mês de aula. É incrível como mudar de curso me animou, só de estar mexendo com a argila já me deu um outro ânimo.


Ainda não consegui emprego, estou procurando, mas nem para entrevistas estou sendo chamada, o que me deixa frustrada. Pior ainda é não passar nem em seleção de drogaria! Nossa, como isso me frustrou, de verdade. Uma coisa era eu não passar no processo seletivo da Unilever, mas não passar no processo seletivo de drogaria? Ainda pra posição de temporária no natal? Juro...

Bom, continuo procurando, porque se não achar logo, terei que voltar...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

E o desânimo?

Cá estou eu, há pouco mais de um mês em Londres. Terra onde tantos queriam estar e eu só querendo voltar...

Ainda não me achei por aqui, estou mais que perdida no primeiro projeto (que a entrega é na terça que vem) e não faço nada! Quer dizer, faço tudo, menos o que deveria estar fazendo. Não consigo me inspirar, não consigo fazer nada.

Estou tentando transferir de curso, mas parece que isso nao irá acotecer =( o que me frustra ainda mais.
Odeio sentir como estou me sentindo. Frustrada, cansada, desanimada. E acho que fazendo outras coisas pelo menos me ditrai da saudade, que é tudo que estou conseguindo focar.

Vou ser sincera: não imaginava que ia ser tão difícil. Na verdade, não achei que ia ser tão ruim. Não consigo aproveitar nada, não consigo criar nada, não consigo aprender. E o pior: fico tentando focar no livro que li, aí me arrependo cada vez que penso que estou triste, desanimada ou algo do gênero.

Hoje tivemos que criar um blog para ser nosso "diário de criação". Vamos manter este blog pelos três anos e será parte da avaliação. Achei legal essa iniciativa, já não sei quanto a parte de ser para nos avaliar. Ás vezes sinto que eles impõem demais o jeito deles de criar, com os sketchbooks, blog e etc. Algumas dessas coisas simplesmente não combinam comigo, e acabo me desanimando mais por ter que fazer por obrigação.

Agora também tem o desafio de achar um emprego. O maior de todos. Sei lá, só queria voltar pra casa.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Perdida por Londres...

A hora chegou, entrei no avião e senti o frio na barriga, só que desta vez näo era da decolagem ou do pouso do aviäo, mas sim do que viria depois...

Como sempre a viagem foi tranquila, com poltronas desconfortáveis, comidinha gostosinha, ansiedade, filminhos na TVzinha, bebebês chorando e pessoas sem noção de espaço comum.. Cheguei e vim direto pro Hotelzinho, que no final foi uma boa escolha.

Logo depois começou a caça aos apartamentos, que até agora nao encontrou seu fim, sim ainda estou sem teto... Por entre as visitas aos quartos para alugar, as idas aos internet cafes e às lojinhas de comida, vi um pouco de Londres, mas näo me importei muito, afinal, terei tempo para descobrir tudo sobre essa cidade!

Mas como sempre tem algo pior pra acontecer, entrei no site de comunicaçäo aluno-escola, e lá estava um monte de coisa que aconteceu em junho e eu näo fui informada. Nossa, os Deuses definitivamente estäo me testando, näo é possível. Para ajudar o bom humor, näo acho nenhum lugar nem para visitar e ver se há a possibilidade de ser habitável...

É, depois disso tudo e um dia nada produtivo, pelo menos o Cris vai alegrar me alegrar um pouco com um mega abraço que só ele sabe dar...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

To-do lists...

Todo dia faço uma nova to-do list. Eu não sei se isso ajuda ou atrapalha, mas a sensação é de que eu não conseguirei fazer nada se não tiver uma listinha com o que preciso fazer à mão.
Acho que o maior problema é que a cada dia a lista cresce. E não é por falta de fazer o que estava nela antes, é simplesmente porque descubro todo dia mais coisas que preciso fazer. Ok, ontem foi meu dia de preguiça e não fiz quase nada, mas não é isso que fez ela praticamente dobrar de tamanho!

Agora estou aqui, olhando para esta nova lista, com mais de 20 itens, sem saber por onde começar... Acho que é a síndrome da fadiga crônica, que descobri ontem que tenho! Podem perguntar pra Lilian. Hahahaha...

Mas eu realmente não tenho a mínima idéia de onde começar. Ontem comecei a montar a mala, e descobri que vai ser uma das tarefas mais difíceis. Juntando tudo o que eu ainda estou usando, com aquilo que não tenho certeza se devo levar mais o que eu só vou lembrar de por na mala no útimo dia, só consegui separar algumas coisas para começar. Bom já é um começo, né?!

Bom, vou começar o dia por sair do pijama. Que tal?

sábado, 20 de agosto de 2011

Points of view...

A pious man explained to his followers: "It is evil to take lives and nobel to save them. Each day I pledge to save a hundred lives. I drop my net in the lake and scoop out a hundred fishes. I place the fishes on the bank, where they flop and twirl. 'Don't be scared', I tell those fishes... 'I'm saving you from drawning.'
Soon enough, the fishes grow calm and lie still. Yet, sad to say, I am always too late. The fishes expire, and because it is evil to waste anything, I take those dead fishes to the market and I sell them for a good price.
With the money I receive, I buy more nets to I can save more fishes."
(Anonymous)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que há com hoje?

Ai que preguiça. Meus braços estão pesados, minha cabeça está na lua e o tempo está passando...

Às vezes me sinto simplesmente paralisada. Eu não sei o por quê, mas por mais que eu queira, não consigo fazer nada. O dia até que rendeu bastante, principalmente no trabalho, e o engraçado é que hoje é um desses dias, em que gostaria simplesmente de ficar sentada no sofá comendo doritos e assistindo a três programas de uma só vez (sim, isso é possível).

Cheguei em casa e mesmo assim fiz bastante coisa, até sentar. No que sentei fiquei, e não fiz mais nada. Assisti apenas um programa por vez e nem prestei muita atenção... O dia está peculiar, vai ver que foi a minha noite de insônia, não sei. Sei que estou com preguiça.

domingo, 7 de agosto de 2011

Dica de filme


Sábado, após uma tarde deliciosa com amigas, assisti "Meia noite em Paris". Não tinha lido a sinopse, e julguei pelo poster do filme (acima) que seria um filmezinho romântico bacana, nada extravagante, mas o filme me surpreendeu em todos os sentidos.

Este filme representa o sonho de qualquer artista, designer e afins. A história contada em tom de comédia surpreende pelo surrealismo e a imersão em um década simplesmente delíciosa e rica. Woody Allen misturou a fantasia com a realidade na dose certa,  e me deixou simplesmente boquiaberta.

Vale à pena.

Dica de leitura...

Outro dia estava me preparando para ir fazer um exame que durava 4 horas, e procurando alguma coisa para ler durante o exame achei um livro da minha mãe.

Um pequeno livro com o nome: Guia para uma vida feliz.

Comecei a ler, e me surpreendi. Uma leitura fácil sobre o poder do pensamento e como tomar controle de nossa vida. Não é um livro de auto-ajuda comum, pra dizer a verdade, acho que ele passa de leve na sessão de auto-ajuda. Não faz você ficar pensando em suas atitudes ou te manda encarar a vida de certa maneira, é um livro escrito em 1952 que traz dicas, difíceis de seguir, mas verdadeiras.

Ao ler o livro, te dá uma vontade imediata de sorrir e encara tudo de outra maneira, ainda mais acreditando que uma atitude tão simples como acordar pensando que o dia será bom fará o dia ser o melhor possível. Ver que nós nos tornamos vulneráveis apenas por pensar nas possibilidades que a vida nos oferece...

Realmente, vale à pena ter este livro na cabeceira e ler de vez em quando para analisar as suas atitudes perante as situações e botar um sorriso no rosto...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sobre o medo.

Você já parou para se perguntar quantas vezes o medo te impediu de fazer algo que queria muito?

 Sexta passada encontrei com umas amigas muito queridas, e no meio do "update" e praticamente numa metralhada de perguntas, do gênero por que você não vai atrás, uma delas falou: "Porque eu tenho medo!" Impossível não me identificar com esta frase, com este sentimento. Com toda a loucura que anda se passando na minha vida ultimamente, todos os meus pensamentos tem sido cercados por medo, e escrever um post sobre isso já é vontade há algum tempo.
 
 A partir do primeiro momento em que sentimos medo a vida se tornou mais chata e difícil. Nós paramos de correr, pois temos medo de cair; nós paramos de brincar pois temos medo de sermos julgados como crianças; nós nos calamos pois temos medo do que podemos ouvir; paramos de viver pois temos medo de morrer.

  O medo nos paralisa, nos faz acomodar. Quantas vezes deixamos grandes oportunidades escorregarem entre os dedos por medo! Pior ainda é quando deixamos o medo entrar tanto na nossa vida, que a gente simplesmente para de tentar, para de ir atrás do que queremos. Desistimos de tentar só por medo de fracassar.

 Não consigo entender como nos deixamos dominar pelo medo e como é difícil nos livrarmos dele. Vivo dando o conselho: "o não você já tem", mas por que eu não consigo enfrentar a vida desse jeito? Por que incentivar os amigos a superar os medos e acreditar em si mesmo é bem mais fácil do que acreditar que eu posso, e ir atrás? Como é mais fácil deixar nossos sonhos e vontades pra lá porque temos o medo de tentar e não conseguir?

 E o pior é que por mais dominados pelo medo que estejamos, sempre sabemos que não importa o quanto as pessoas tentem, só nós podemos nos ajudar a sair de onde estamos. Mas ficar assim é tão mais simples, tão familiar que fica difícil sair daqui para me decepcionar de novo; é tão difícil achar a força de vontade para dar a volta por cima, levantar a poeira, fazer e acontecer... Acho que é por isso que é tão fácil se agarrar no medo e se contentar com aquele emprego que não me completa, que me consome.

 Sim, estamos carecas de saber o que devíamos fazer para sair daqui, parar de reclamar (o que particularmente acredito ser o maior hobby entre os profissionais frustrados, inclusive eu) e gastar essa energia para ir atrás do que quer. Pode ser em doses pequenas, como disse o moço que trabalha comigo: separe 2 horas do seu domingo para se dedicar à isso, você vai ver o quanto você terá feito no final do mês, com certeza será mais do que fez nos últimos 6 meses!

 Mas e o ânimo para sair do sofá nessas 2 horas do meu domingo? E o medo de que eu dedique até 4 horas e as coisas não saiam como queria? E o medo de conseguir o que quero? Talvez seja isso! Não tentamos não por medo de fracassar, mas de conseguir. Medo de não saber o que encontraremos quando conseguirmos... Eu não sei.

 Não culpo o medo por estar aonde estou, culpo a mim por me entregar ao medo e não ter a força e a vontade para encará-lo. Sempre tive dificuldade em achar força de vontade em mim, sempre me entreguei à preguiça fora do normal e deixei o que queria pra lá...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dica musical

Gente, estava eu no meu carrinho, ouvindo MitFM, quando eles falam sobre um disco especial que a Stereogum lançou um álbum como tributo ao disco "Is this it" da banda The Strokes, que é uma de minhas bandas favoritas...


álbum original     -    álbum tributo


O álbum reuniu diversos artistas para regravar todas as faixas do CD lançado em 2001, e recebeu o nome de Stroked. As versões ficaram muito bacanas, com o toque de cada artista.. A materia no site Stereogum também está muito boa, falando sobre como o álbum é especial e o porque do tributo à banda. E para deixar melhor ainda, eles deixaram as faixas para download! (E é claro que já fiz o meu!)

Para conferir a matéria e fazer o download do álbum, é só acessar: http://stereogum.com/767531/stroked-tribute-to-is-this-it/mp3s/

Espero que vocês aproveitem essa minha dica, pois eu tenho certeza de que irei aproveitar muito! :)

O trabalho...

A semana começou mal. Estou há três dias tentando postar, mas ou não a inspiração não está das maiores e me faz escolher as palavras erradas, ou o trabalho entra no meio do caminho... E pra ajudar, fiquei pensando no que a Bruna disse: "Ah odeio aqueles blogs que ficam uma semana sem postar!" Hahahaha, pois é, o meu será um desses.

Quando falo que a semana começou meio mal, me refiro à semana no trabalho. Tento não me estressar tanto, mas convenhamos que não é fácil não se importar com algo que ocupa praticamente a metade do seu dia. Deuses! Mas como é difícil. Acho que por isso é tão importante achar algo que gostemos de fazer, poisse estamos infelizes no trabalho, estaremos infelizes todos os dias, a toda hora.

Ah, mas é aí que fica complicada a coisa. Já é difícil descobrir o que gostamos de fazer, pior ainda é continuar a gostar... Como não deixar o stress do trabalho afetar o seu "gosto pela coisa"? Acho que depende de um conjunto de coisas que às vezes não depende de nós. Nada vai me fazer ir pro trabalho com gosto se as pessoas que trabalham comigo não são bacanas, ou se eu não tenho ferramentas de trabalho que supram todas as minhas necessidades, ou até mesmo se eu simplesmente não gostar do lugar aonde estou, não concordar com as regras e ter outros valores.

Mas descobri que não estou sozinha nesse barco, que tem gente que eu nem imaginava que estava na mesma situação. E o pior, também não está fazendo nada para mudar a situação em que se encontra. Talvez seja a necessidade do dinheiro, o receio em fracassar em outra coisa, ou até mesmo a preguiça. Mas é incrível como é fácil se acomodar e só reclamar, afinal reclamar é um esporte tão divertido! E na maioria das vezes, sabemos exatamente o que precisamos fazer para sair dalí, mas nem chegamos a tentar...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ai como é bom recordar...



Esta semana resolvi arrumar meu quarto, coisa que venho tentando fazer desde que me mudei... Mas arrumar aquelas coisas que a arrumação do dia-a-dia não cobre, sabe? Aquela caixa cheia de papéis, contas, revistas e nem sei mais o quê, aquela gaveta, que tenho quase que certeza de que há um monstro morando nela, esse tipo de arrumação.

Arrumei uma caixa que teve uma divisão em basicamente 4 pilhas: documentos (arrumar), material de artes/facul (arrumar), lembranças (arrumar) e lixo (jogar fora). Joguei fora o lixo logo de cara, e enfiei o material de arte naquela gaveta que tem um monstro morando dentro e deixei dentro da caixa em duas pilhas separadas as lembranças e os documentos...


Ontem organizei e guardei os documentos e quando fui guardar as lembranças, parei. Comecei a ver o que tinha guardado nas minhas 3 caixas de lembranças que ficam dentro de outra caixa no armário (Deuses, quanta caixa! Rs..). Na primeira, uma caixa verde com tampa cheia de flores, cartões de aniversário, algumas cartas perdidas. Passei para a segunda caixa, uma verde escura com o canto meio ra e nela encontrei os meus cartões postais que comprei em minhas viagens, itália, berlim, buenos aires... Ai que delícia.

Ainda nessa caixa eu encontrei carta do meu pai, de quando eu era apenas um bebê, e fotos perdidas antigas. Guardei tudo e fui para a última caixa: branca e de um papel cartão tão fino que mal continha o que estava dentro: um milhão de cartas... Cartas de quando eu estava no colégio, desde muito pequena!


"Deuses! Como criança é dramática e cruel." Foi o que eu pensei. Em quase todas as cartas tinha um drama muito grande na vida de alguém, e tudo estava sempre péssimo. Acho que a melhor carta foi a da Bruna, que dizia que apesar de eu deixar ela falando, ficar irritada e gritar com ela quando eu tinha que repetir o que falava muitas vezes, ela me amava como uma irmã. Hahahaa...

Ai ai, foi muito bom ler tantas cartas, claro que não li todas, pois estava tarde e eram muitas! Mas uma das coisas mais legais de ler foi o caderninho do meu aniversário de 15 anos... Até número de ICQ tinha alí. Me diverti muito com as mensagens de quem eu não era tão próxima, e bateu aquela saudade de quem, na época, era tudo pra mim...

Ai, como é bom recordar...

terça-feira, 19 de julho de 2011

E agora, José?

É isso. Ontem pedi demissão.

Decidi que vou embora. Sei que isso vai mudar a vida de muita gente, e não só a minha, e acho que por isso é que estou duvidando do quanto essa mudança vai ser boa pra mim... Hoje em dia as coisas são muito diferentes de quando fui pra Alemanha em 2007...

Tudo era tão mais simples, não mudava a vida de ninguém a não ser a minha, eu tinha certeza de que era o meu caminho, eu sabia o que eu queria... Hoje eu não faço a mínima idéia do que eu quero da vida! Eu mal consigo decidir que roupa usar, quanto mais o que quero ser...

Eu culpo os astros por esse meu jeito [hipermegaultrablaster] indeciso. Não dá, não quero mais ser libriana! Quero conseguir saber o que eu quero da vida, para poder ir atrás sem medo. Se alguém tiver uma dica, estou aceitando! hahaha...

Mas é por essa confusão toda na minha cabeça, que eu não consigo para de me perguntar.. E agora? O que eu faço? O que eu não faço? Vou? Fico? E a resposta é sempre a mesma... Não sei.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dias de melancolia...

Eu não sei se é porque estou doente, mas esses últimos dias tem sido tão melancólicos...

Fico olhando as fotos antigas, o bate-papo no Fotolog da minha primeira turma da faculdade, etc... Sabe quando sá aquela dor no peito e aquela saudade? Tenho sentido isso demais, todo dia... Paro e olho que rumo minhas amizades tomaram, como que alguém que eu falava todo dia hoje eu mal conheço, como eu queria estar mais próxima de algumas pessoas, como que eu gostaria de ajudar algumas mas hoje em dia não tenho mais aquela intimidade.

Como é possível as coisas mudarem tanto em tão pouco tempo? Ou será que se passou muito mais tempo do que eu percebi?

Ah, não sei... Só sei que dias assim me deixam mais disposta a ir atrás, bater aquele papo com amigos muito queridos, que só eles sabem me animar. Então deixo claro que tenho saudade dos papos mais bestas do mundo com o pessoa da C3 da facul, do abraço de encaixe perfeito do Cris que está bem longe daqui, dos bares com a Carol, das criancices da galera do colégio, das confissões com o Haddad e de muito mais.. Saudade dos meus uma vez tão amigos e hoje nem tanto, mas que ainda tenho muito carinho.

Ah, esses dias de melancolia....

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mas... Por que?

Quando eu era mais nova fiz um flog. Divertido era, mas a época passou, apaguei o flog e segui nas minhas aventuras pela internet em redes sociais e afins. Até comecei um novo flog na época da faculdade, mas não vingou...

Já tinha pensado milhões de vezes em criar um espaço para expor minhas idéias, mas foi uma amiga viciar em blogs que me estimulou em finalmente começar um. Não quis começar de qualquer jeito, fiquei semanas tentando achar o nome perfeito e que estivesse disponível, é claro...

Bom, mas agora cá estou eu, com o nome perfeito e milhões de idéias para apenas um blog. E o que faço? Como de costume, não sei... Não sei por onde começar, o que falar, o que mostrar.

Quero fazer daqui o meu refúgio, expressar minhas idéias, expor meus interesses, me traduzir e me achar! Mas por onde começar? O que falar?

Espero que com o tempo venha a inspiração e que fique mais fácil...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Acredite em mim. Você vale mais nua do que vestida em sedas e cetim."

Depois de tentativas mais que frustrantes de achar o nome perfeito para o blog que queria tanto fazer, achei por entre e-mails antigos e algumas lágrimas de saudade, esta frase...

Simples assim, achei o nome perfeito...