sábado, 5 de setembro de 2015

Ele foi embora.

Meu coração está em pedaços. 

Não tem como pôr em outras palavras, é isso que sinto. 

Hoje ele foi embora depois de 20 dias maravilhosos, cheios de amor, fartura e fotos. Ele foi embora. 
E desta vez, não sei se ele volta. 

Tudo que consigo pensar é que eu não sei o que fazer. Eu que comecei a conversa, quem pediu o tempo. Eu sei que é o que precisamos, o lógico, o certo a se fazer nesse momento; mas isso não impediu o desespero, a dor e o choro de me dominar. 

Ele é o meu porto seguro, meu amor, meu melhor amigo. Eu não consigo me imaginar sem ele. E imaginar ele sem mim me mata. E Tudo o que consegui falar pra mim mesma foi: eu não quero ninguém que não ele, eu não sei o que fazer, respira. 

Talvez seja o egoísmo, o medo de estar sozinha, de nunca achar alguém que me ame o tanto quanto ele me ama, que me trate como ele me trata, me olhar como ele me olha. Mas a ideia de ele estar com outro alguém me corrói por dentro. 

Talvez seja apenas o fato de que ele é quem ele é, e é só estalar os dedos que vai ter fila pra ver quem fica com ele. É inteligente, bonito, carinhoso, dedicado, bem sucedido, quer família... Ele é um partidão. 

Mas isso mesmo não interessa. O nó na garganta não passa tentando racionalizar. Aconteceu. 
Será que eu fiz o maior erro da minha vida? Talvez. Mas era o caminho a ser percorrido, ou pelo menos o caminho mais lógico. 

Eu só espero conseguir sobreviver a isso da melhor maneira possível. E que ele consiga também. E que o futuro seja o melhor, e que a dor não esteja no caminho. 

E como eu não sabia o que fazer e não queria falar com ninguém, pois a única pessoa com quem eu falaria agora seria ele, resolvi escrever aqui. Esse blog esquecido. 

E Com minha mente romantizando tudo como sempre, li esse texto por acaso em meu facebook e achei que caiu como uma luva. 

"I need to stop being in love with the ideas of what could have been. We could have slowly inched closer and held each other a little tighter. We could have laughed a little harder and fallen in love some more. There are so many things that could have happened, but didn’t. We almost were. We almost weren’t. We almost happened. Cupid almost won. But he didn’t. And we didn’t either. "

— Ming D. Liu










sexta-feira, 19 de abril de 2013

Proustian Phenomenon

Que eu amo Criminal Minds não é nenhum segredo pra ninguém... É um vício, adoro séries policiais em geral, mas Criminal Minds tem algo de especial. Talvez seja o fato de que eles resolvem os crimes com mais inteligência do que nas outras séries, ou que eles não usam tecnologias impossíveis (como uma vez em csi Miami eles tiraram a foto do _? x pelo reflexo do olho de alguém de um video), por eu me identificar com os personagens (nessa vamos torcer pra ser com os policiais) ou pode até mesmo ser porque o Hotchner era o Greg da série Dharma & Greg.

Não sei. Só sei que adoro assistir, mesmo quando eles vão longe demais con suas habilidades. Como quando eles conseguem descrever a pessoa nos mínimos detalhes, como o episódio do cara que gaguejava.

Uma coisa que sempre achei muita enrolação é quando eles pegam as testemunhas e elas revivem o crime só de lembrar de coisas como vento e cheiros.
Mas sabe que ultimamente tenho tido fortes lembranças através de cheiros? Não sei se isso sempre me aconteceu, Mas só fui reparar recentemente.

Lá estava eu, banho tomado passando o desodorante quando me dá um nó no estômago e bate aquela saudade e lembranças da Alemanha. Ok, admito que é meio bizarro que o que desperta lembranças da Alemanha em mim seja o cheiro de um certo desodorante, mas é algo que nunca experenciei (existe essa palavra?) antes, eu fecho os olhos e como se me transportasse de volta pra lá, é muito forte!

Outro dia senti de novo esse nó no estômago (já nem me lembro que cheiro era) mas não sabia o que me lembrava....

Achei isso fascinante, como um cheiro pode te trazer uma memória tão forte e realisticamente? Tenho dado uma olhada nisso, e descobri que é chamado Proustian Phenomenon, porque Proust em uma de suas histórias descreve um personagem lembrando de coisas esquecidas há muito tempo por causa do cheiro de um biscoito.

Pois é, a memória sempre foi algo que me faltou, normalmente só lembro de coisas ruins e tento esquecer.. Mas quem sabe não será assim que vou recuperar todas as memórias da infância, adolescência e mais... Quem sabe assim minha memória desperte?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Domingos de preguica...



Hoje acordei querendo fazer nada e está parecendo que esta é a tendência… Acho que nunca tive tantos dias tão improdutivos quanto nos últimos dois meses. E ainda que eu tenha a síndrome de fatiga crônica, que eu realmente acredito ter, acho que meus dias estão sendo mais improdutivos por eu não saber o que fazer, que por qualquer outro motivo.

Mesmo arriscando soar como a adolescente que encontrei nas minhas caixas de memórias, acho que nunca me senti tão perdida. Não sei que caminho seguir, que rumo dar a minha vida, não sei nem mesmo o que tenho que entregar no fim do semestre na faculdade! Não tenho nem conseguido escrever minhas intermináveis listinhas do que fazer...

Quando a gente sabe o que tem que fazer fica tão mais fácil, mas como é que fazemos quando não sabemos o que fazer? Como é que a gente descobre? Minha desorganização chegou a tal nível que não tenho a mínima idéia de como lidar com a papelada, e quando digo papelada, quero dizer tudo o que seja importante que ainda tenho que resolver da minha vinda pra cá. Estou num estado que simplesmente não sei quais são minhas opções, necessidades, deveres...

Fico caindo em um círculo vicioso aonde justifico minha desorganização dizendo que é porque ainda não me ajeitei em casa, mas não me ajeitei em casa porque quero mudar assim que der, mas só posso mudar em março, mas tenho que me organizar antes, mas não consigo me organizar porque não estou ajeitada, e assim vai...

Quanto ao curso, é lógico que estou gostando, mas ainda não me encontrei por lá, nem em questão social ou em termos de saber o que estou fazendo. Não fiz amigos ainda, mas sei que por estar em um país diferente isso leva tempo, foi o mesmo na Alemanha, mas o que me complica é não saber exatamente os objetivos dos projetos (que ninguém parece saber, ou então não está afim de me informar), e estar com o maior bloqueio criativo que ja tive. Simplesmente não sai nada no papel, fico com o sketchbook na mão e não consigo desenhar nada...

Então continuo a acordar e pensar: hoje não quero fazer nada. Tento me forçar a fazer algo, acabo fazendo o mínimo possível e às vezes faço nada.

Devaneios


Nesses últimos dias tenho ajudado uma amiga em um período ruim, quer dizer, tenho tentado ajuda-la. Ela me disse sentir falta da pessoa que ela era, e isso me fez pensar sobre quem eu sou hoje em dia... Sempre senti tanta certeza ao aconselhar amigas, mas desta vez estou meio perdida e não sei o por quê. Acho que não estou bem comigo mesma, estou perdida nas minhas idéias e na minha vida.
Nesses últimos anos eu sinto que me perdi. Não sei se faz parte de crescer ou se foi pelo rumo que dei a minha vida (ou que ela resolveu seguir sem me consultar), mas sinto falta de como eu encarava as coisas, de como sabia o que queria. Sinto falta de como eu era com meus amigos, de como sentia a liberdade para falar o que pensava, em como eu sentia que a amizade era tão intensa que seria para sempre e que de como tinha certeza da proximidade e intimidade que tinha com eles. Hoje em dia me contenho para falar o que penso (o que algumas pessoas podem até achar positivo), não tenho certeza de quão próxima sou deles e temo que a amizade acabe.
Acho que namorar só intensificou minhas inseguranças  quanto as amizades. Me fechei em uma bolha e me acomodei. Alí eu tenho toda a segurança, liberdade e intimidade do mundo. Me tornei tão dependente que comecei a me questionar se era saudável. Tentei sair um pouco da bolha, mas quando vi já estava em cima de uma montanha de insegurança. Mas foi nessa tentativa que comecei  a pensar aonde estava, como estava e que rumo tinha dado a minha vida.
De repente me vi em desespero ao pensar o quão longe estava de tudo o que queria e que tinha planejado para mim. Não estava nos planos me sentir assim, não estava nos planos me sentir tão dependente e presa a alguém. Mas... Quais eram os planos mesmo? Tentei me achar e acabei virando não só a minha vida, mas a de mais algumas pessoas de ponta cabeça. A minha, a dele, as delas. E todos veem essa mudança como um ato de coragem, que sou eu em busca do que quero, do meu sonho. Todos, menos eu.
Como é que posso falar que estou indo atrás do que quero se nem sei o que quero? As vezes sinto que a minha saída do Brasil foi uma tentativa falha de fugir das minhas dúvidas e medos. Vir pra cá só intensificou toda a minha confusão, adicionando uma pitada de tristeza seguida de muita saudade. Estar aqui só me faz querer mais ainda descobrir o que quero pra mim, qual rumo dar a minha vida, fazer novos planos. Também tenho refletido sobre como essa minha  vinda está afetando a vida de todo mundo que estava ao meu redor.
Minha irmã está sem casa, e eu nem lá pra ajeitar a minha bagunça, ajudá-la a achar uma casa, afinal fui eu quem fez ela sair daonde amava. Mas ela está sozinha, e eu me sinto responsável. Não consigo nem conversar com ela direito, saber como ela está, e o que vai acontecer com ela e com a Cora, que nosso amado pai, tão carinhosamente se recusou a aceitar, inocência a nossa achar que ele iria nos ajudar agora.
O namorado está tentando vir pra cá, e eu me pergunto se está certo isso. Está certo ele mudar toda a vida dele porque um belo dia eu resolvi sair dalí? Temo que ele esteja tão dependente que não consiga mais ver os próprios sonhos. Nós temos visões tão diferentes do mundo, ele nem querer sair daonde está quer, já eu quero morar no mundo todo. Tenho medo de ele vir e eu decidir sair daqui, ir pra qualquer outro lugar. Não quero ser a responsável por uma mudança tão grande assim. Também não sei se quero assumir tamanho comprometimento. Eu o amo, com todo o meu coração, mas eu sinto que ainda não vivi nada, pelo menos nada do que quero viver antes de assumir um compromisso tão grande. Sei que temos uma boa diferença de idade e que ter objetivos diferentes faz parte do relacionamento, mas acho que ele não entende o quanto tudo isso me assusta e o quanto isso pesa pra mim. Ele já viveu bastante pra poder falar que é comigo que quer estar, mas não entende que eu tenho só 23 anos, e não consigo decidir nem que profissão quero seguir...
E é aí que me encontro de novo sem saber o que fazer, sem saber o que falar ou como agir. Talvez seja o medo que me trave, o medo de perder os amores, o medo de ficar sozinha, o medo de mudar, o medo de sofrer, o medo de falhar. Por isso sinto falta a menina que eu era, que tinha medo, mas sabia fingir muito bem que não tinha medo de nada disso. 

domingo, 20 de novembro de 2011

Becoming Jane...


Ontem assisti o filme que conta um pouco sobre a vida da autora Jane Austen, uma de minhas preferidas. As histórias de seus livros nao é exatamente um reflexo da vida dela, na verdade, só a parte da conturbada vida amorosa. O filme é muito bom, mais um para a colecao dos que posso assistir tres vezes seguidas e nao me cansar.

Eu nao sei o que é que me faz gostar tanto das histórias dela. Talvez seja pelo fato de eu me identificar com mulheres de genio forte, ou talvez seja porque gostaria de ser como elas que sabem o que querem e, mesmo com todas as implicacoes da época, fazem acontecer, ou que sabe seja apenas porque todas as histórias tem um final feliz.

Apesar de serem meu conto de fadas ideal, assistir a esse tipo de história me deixa um pouco depressiva, e nao sei o por que. Me faz refletir sobre tudo, nao só sobre a minha vida amorosa, mas sobre tudo o que se passa na minha vida naquele momento. E minha análise do momento sempre tende para o lado infeliz.

Mas o que é ser feliz, ou infeliz? Como podemos dizer como estamos? Acho que muda tanto e toda hora que é difícil poder dizer o que é ser feliz. É estar bem naquele momento? Nos últimos dias, semanas, meses, anos? Qual o tempo que devemos analisar para sabermos se estamos ou nao felizes? E o que conta? Vida amorosa? Profissional? Social?

Talvez seja por isso que assistir a esses filmes me deixe um pouco depressiva, me fazem pensar demais. Pensar no porque das coisas me deixa ansiosa e desanimada, pois por mais que eu tente, nao consigo achar respostas para minhas perguntas, pelo menos nao encontro respostas que me satisfacam. E por mais que eu saiba que esses filmes me trazem essa "ressaca", eu continuo a assistir e adorar.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Que Lua!

Ontem, depois de um longo dia atrás do computador, eu tive que andar horrores para conseguir pegar um ônibus! Juro, em 1hora não passou ônibus nenhum, e quando finalmente passou o que queria pegar, ele não parou! Ahhh que raiva.

Mas tudo bem, pois no meio de minha caminhada me deparei com uma Lua maravilhosa no céu. Há quanto tempo eu não via a Lua tão próxima! A última vez que me lembro de ver uma Lua cheia e gigante no céu foi uma dia voltando para casa em 2007, em Paderborn.

Isso deu uma levantada no meu dia, que não tinha sido lá grandes coisas. Não passei em um processo seletivo, trabalhei um pouco (ajudando uma amiga), visitei um museu, descobri uma casa de cerâmica muito bacana e andei rios para chegar em casa e poder lavar quilos de roupas sujas.

Bom, fora alguns problemas que ando tento, está tudo ok... Ainda estou correndo atrás de acompanhar o pessoal na nova faculdade e estou procurando emprego como louca. Agora tenho que escrever uma essay de 500 palavras e nem sei por onde começar, que os Deuses me ajudem, viu?!

Assim que tiver um pouco mais de tempo volto a escrever por aqui.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Os dias vão passando...


Já se passou um tempo desde que eu escrevi aqui e algumas coisas mudaram ...

Eu consegui transferir curso e, apesar da papelada ainda não estar finalizada, já estou frequentando a nova faculdade. Mudei para o curso de design ceramico na Central Saint Martins e agora tenho que correr atrás de tudo o que perdi nesse mês de aula. É incrível como mudar de curso me animou, só de estar mexendo com a argila já me deu um outro ânimo.


Ainda não consegui emprego, estou procurando, mas nem para entrevistas estou sendo chamada, o que me deixa frustrada. Pior ainda é não passar nem em seleção de drogaria! Nossa, como isso me frustrou, de verdade. Uma coisa era eu não passar no processo seletivo da Unilever, mas não passar no processo seletivo de drogaria? Ainda pra posição de temporária no natal? Juro...

Bom, continuo procurando, porque se não achar logo, terei que voltar...